Esta é, supostamente, uma das mulheres bomba (*ou meninas, com 34 anos, quem tem 17 é menina para mim e se o cara morreu em 2009, era mais menina ainda*) do metrô de Moscou. Não sei quem pensou como eu, mas tire o niqab ou o chador que a mocinha usa e coloque-a de top e shortinho. A pose, a vulgaridade no rosto (o ângulo do olhar, o biquinho), é a mesma das nossas adolescentes dos morros cariocas ou que colocam fotinhos sexies nos orkuts da vida, orgulhosas com suas armas na mão a agarradas ao pescoço de um traficante, quase 20 anos mais velho. A mesma! Nada daquela pose rígida das mulheres palestinas ou iranianas em manifestações, parece mais a arrogância inconseqüente das adolescentes daqui, daquelas meninas e meninos que nada tem a perder e que não objetivam nada, também.
O homem não tem nada que o identifique como mulçumano, afinal, ele não precisa se cobrir ou despir para ser "apreciado", para ter seu valor (*ou falta de valor*) valorizada socialmente, ele poderia ser deslocado sem que precisasse mexer em nenhuma de suas características. Não sei qual a relação que essas figuras mantém com o Islã, mas eles e elas me parecem muito mais assustadores do que os homens e mulheres bomba aparentemente politizados de antes. A única coisa que não muda? Elas podem morrer pela causa, só morrer. Caso a causa seja vitoriosa, não terão nenhum direito a mais e, talvez, muitos a menos, assim como na Arábia Saudita, que serve para muitos deles de modelo. Tempos tenebrosos...
E não estou dizendo que os russos tratam de forma decente as populações da Chechênia ou outros núcleos muçulmanos do país, porque não tratam mesmo, mas esses movimentos não têm minha simpatia. Aliás, alvos militares podem ser considerados legítimos em uma guerra de guerrilha (*guerrilheiro ou terrorista está nos olhos de quem vê*), mas escolas, metrôs e teatros não são. E isso vale para qualquer lado. Segue a matéria da Folha de São Paulo.
Mulher-bomba que atacou metrô russo tinha 17 anos
Nascida no Daguestão, jovem era "viúva" de rebelde morto pelas tropas federais Rebelde da Tchetchênia reivindicou autoria do pior ataque terrorista ocorrido em Moscou em seis anos; mortos já chegaram a 40
Uma russa de apenas 17 anos foi identificada ontem pelo Comitê Nacional
Antiterrorismo como uma das duas mulheres-bomba que atacaram as estações de metrô de Moscou Lubianka e Parque Kulturi na segunda-feira, naquele que foi o pior ato terrorista ocorrido na capital do país em seis anos. Nas fotografias obtidas pela investigação, Dzhennet Abdurakhmanova, que também usava o nome Abdullayeva, aparece com cabelos e pescoço cobertos por um lenço preto tradicional, exibindo armas e granadas abraçada a Umalat Magomedov, 30, líder de um grupo rebelde islâmico do Daguestão, república do norte do Cáucaso onde a garota nasceu.
Segundo informações do jornal "Kommersant", o rapaz estava noivo da adolescente e foi morto em operação militar de 31 de dezembro último, o que fez dela uma "viúva negra", como são conhecidas mulheres ligadas a insurgentes mortos. O diário diz também que a segunda suicida era uma tchetchena de 20 anos, viúva de um insurgente morto em 2009 em ação para desmantelar um plano de matar o presidente tchetcheno.
O norte do Cáucaso russo é palco de insurgências violentas desde 1991. Em 1999, quando separatistas tchetchenos ganharam força com base em valores nacionalistas, houve uma forte ofensiva liderada por Vladimir Putin, o atual premiê. O Kremlin chegou a dizer que o separatismo havia sido derrotado apenas para, agora, vê-lo reorganizado sob a identidade islâmica. Os insurgentes reivindicam hoje um Estado submetido à sharia (lei islâmica). O Kremlin afirma que os grupos têm apoio, inclusive financeiro, da rede terrorista Al Qaeda.
Há dois dias, o líder rebelde tchetcheno Doku Umarov, que se diz "emir do Cáucaso" e lutou contra o Exército russo na Tchetchênia, confessou em vídeo publicado na internet a autoria dos atentados ao metrô de Moscou, que deixaram 40 mortos. No mesmo dia, outro ataque de dois homens-bomba matou dez no Daguestão.
Com agências internacionais
O homem não tem nada que o identifique como mulçumano, afinal, ele não precisa se cobrir ou despir para ser "apreciado", para ter seu valor (*ou falta de valor*) valorizada socialmente, ele poderia ser deslocado sem que precisasse mexer em nenhuma de suas características. Não sei qual a relação que essas figuras mantém com o Islã, mas eles e elas me parecem muito mais assustadores do que os homens e mulheres bomba aparentemente politizados de antes. A única coisa que não muda? Elas podem morrer pela causa, só morrer. Caso a causa seja vitoriosa, não terão nenhum direito a mais e, talvez, muitos a menos, assim como na Arábia Saudita, que serve para muitos deles de modelo. Tempos tenebrosos...
E não estou dizendo que os russos tratam de forma decente as populações da Chechênia ou outros núcleos muçulmanos do país, porque não tratam mesmo, mas esses movimentos não têm minha simpatia. Aliás, alvos militares podem ser considerados legítimos em uma guerra de guerrilha (*guerrilheiro ou terrorista está nos olhos de quem vê*), mas escolas, metrôs e teatros não são. E isso vale para qualquer lado. Segue a matéria da Folha de São Paulo.
Mulher-bomba que atacou metrô russo tinha 17 anos
Nascida no Daguestão, jovem era "viúva" de rebelde morto pelas tropas federais Rebelde da Tchetchênia reivindicou autoria do pior ataque terrorista ocorrido em Moscou em seis anos; mortos já chegaram a 40
Uma russa de apenas 17 anos foi identificada ontem pelo Comitê Nacional
Antiterrorismo como uma das duas mulheres-bomba que atacaram as estações de metrô de Moscou Lubianka e Parque Kulturi na segunda-feira, naquele que foi o pior ato terrorista ocorrido na capital do país em seis anos. Nas fotografias obtidas pela investigação, Dzhennet Abdurakhmanova, que também usava o nome Abdullayeva, aparece com cabelos e pescoço cobertos por um lenço preto tradicional, exibindo armas e granadas abraçada a Umalat Magomedov, 30, líder de um grupo rebelde islâmico do Daguestão, república do norte do Cáucaso onde a garota nasceu.
Segundo informações do jornal "Kommersant", o rapaz estava noivo da adolescente e foi morto em operação militar de 31 de dezembro último, o que fez dela uma "viúva negra", como são conhecidas mulheres ligadas a insurgentes mortos. O diário diz também que a segunda suicida era uma tchetchena de 20 anos, viúva de um insurgente morto em 2009 em ação para desmantelar um plano de matar o presidente tchetcheno.
O norte do Cáucaso russo é palco de insurgências violentas desde 1991. Em 1999, quando separatistas tchetchenos ganharam força com base em valores nacionalistas, houve uma forte ofensiva liderada por Vladimir Putin, o atual premiê. O Kremlin chegou a dizer que o separatismo havia sido derrotado apenas para, agora, vê-lo reorganizado sob a identidade islâmica. Os insurgentes reivindicam hoje um Estado submetido à sharia (lei islâmica). O Kremlin afirma que os grupos têm apoio, inclusive financeiro, da rede terrorista Al Qaeda.
Há dois dias, o líder rebelde tchetcheno Doku Umarov, que se diz "emir do Cáucaso" e lutou contra o Exército russo na Tchetchênia, confessou em vídeo publicado na internet a autoria dos atentados ao metrô de Moscou, que deixaram 40 mortos. No mesmo dia, outro ataque de dois homens-bomba matou dez no Daguestão.
Com agências internacionais
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