07/07/2009

Papisa Joana



Descobri que não via atualizações do Lights, Camera, History, porque elas tinham se mudado e eu não tinha percebido. Agora, passando no site novo, vi que estavam comentando o filme Pope Joan (Papisa Joana). À princípio, pensei que se tratava do filme de 1972 com Liv Ullmann como a mulher que supostamente teria sido o papa João VIII.

Eu assisti o filme de 1972, baixei e tenho aqui no computador, nunca vi em VHS ou DVD. Tem pontos interessantes, mas é quase consenso entre os historiadores e historiadoras que se trata de uma a sátira anti-papal, produzida, provavelmente, em um momento em que o poder papal sofria críticas (séc. XIII) e que colocava a Papisa Joana no século IX, período conturbado da História do Papado. Enfim, eu não considero nada impossível quando o assunto é História, mas muitas dessas lendas juntam crítica à Igreja ou ao papado, com uma misoginia profunda. Joana, na maioria das versões, é uma mulher culta e promíscua. A Wikipedia (portuguêsinglês) dá outros exemplos nos quais a as características femininas “negativas” são acentuadas.

Antes que eu me perca, o novo filme é de 2009 e eu duvido que seja exibido nos cinemas daqui. Mas cairá na net e, com sorte, sairá em DVD. Daí, é pegar para assistir. Se for interessante, posso até passar para meus alunos e alunas de História da Igreja. Protestantes adoram essa historinha, exatamente pela desqualificação do papado através da mulher de vida imoral. Quer coisa mais horrível do que uma mulher usurpando o lugar "do homem". Deu no que deu, terminou ou morrendo de parto ou sendo estraçalhada pela multidão. Daí para a analogia com a Igreja Católica como "A Grande Prostituta" é um pulo. Talvez seja bom para a reflexão.

Nenhum comentário:

Postar um comentário