O título encobre, na verdade, que se trata das meninas. Em nenhum momento se fala de garotos no Spa, submetendo-se a longos tratamentos de beleza, ou se sociabilizando com os pais neste espaço tão feliz. Afinal, são as meninas que precisam ser formatadas para que desde cedo se tornem bonecas, princesas que precisam ser vistas e não ouvidas. Meninas de 4 anos freqüentando o salão uma vez por semana, usando maquiagem e salto; aos 8 e 9 fazendo dietas para manterem-se magras e bonitas; aos 11 fazendo massagens e drenagens linfáticas, largando a natação, porque não querem ter ombros largos e fazendo curso de modelo e manequin para melhorar a postura; aos 18 colocando o primeiro botox. E comparar a sociabilidade do futebol entre país e filhos, com toda a carga de exercício e contato com a ida ao Spa da mão com a filha um dos piores absurdos possíveis. Mas é assim que os gêneros são construídos, suas diferenças e a futilidade femininas que muitos apontam como "natural":
Obviamente, o sofrimento para quem não tem acesso a essas maravilhas, mas lê a matéria (*não se enganem, a Veja circula e pode ser encontrada em lugares que não são freqüentados pelo seu público alvo*), pode produzir várias distorções. Mas, para isso, recomendo o documentário A Criança é a Alma do Negócio. Enfim, deixo o post das duas matérias infames, a da Veja (*o que esperar?*) e a do Estadão. Não preciso publicá-las aqui, porque elas são abertas para não-assinantes. Soube delas pelo blog Escreva, Lola, Escreva. Concordo em quase tudo com o que ela escreve lá, então, recomendo a visita.
"Minhas clientes dizem que é um dos poucos momentos que conseguem ficar com as filhas", diz Blanch. Em geral, mães e filhas dividem a mesma sala durante a sessão. E o spa passa a ter para elas o mesmo papel que o futebol no relacionamento entre pai e filho.
Obviamente, o sofrimento para quem não tem acesso a essas maravilhas, mas lê a matéria (*não se enganem, a Veja circula e pode ser encontrada em lugares que não são freqüentados pelo seu público alvo*), pode produzir várias distorções. Mas, para isso, recomendo o documentário A Criança é a Alma do Negócio. Enfim, deixo o post das duas matérias infames, a da Veja (*o que esperar?*) e a do Estadão. Não preciso publicá-las aqui, porque elas são abertas para não-assinantes. Soube delas pelo blog Escreva, Lola, Escreva. Concordo em quase tudo com o que ela escreve lá, então, recomendo a visita.
Nenhum comentário:
Postar um comentário